O ano de 2020 tem sido extremamente desafiador para as organizações. As empresas que identificam, medem, tratam e monitoram os riscos possuem vantagem competitiva nas mudanças que estão ocorrendo no cenário atual.
Entre janeiro e março de 2020 foi realizada pela KPMG a 2ª edição da Pesquisa da Maturidade do Processo de Gestão de Riscos no Brasil. Veja mais detalhes neste artigo sobre o assunto!
Na 1ª edição desta pesquisa realizada em 2018, foram identificadas que 56% das empresas respondentes encontravam-se nos níveis fracoe sustentável de maturidade. Já em 2020 observamos resultados um pouco melhores nestes níveis, que somados representam 45%.
Não observamos mudanças significativas nos resultados em relação aos OBSTÁCULOS para implementação do gestão de riscos:
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67% mencionaram a ausência de cultura;
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59% falta de clareza em relação aos benefícios potenciais;
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56% a existência de outras prioridades.
Esses fatores ilustrados não são exclusividade dessa pesquisa. As questões culturais têm sido apontadas como as principais barreiras para implementação de transformações nas organizações modernas. A Marsh publicou juntamente com o RIMS o benchmark de gestão de riscos na américa latina em 2018 com constatações similares.
Não é simples, não é rápido e não é fácil, mas é possível transformar a cultura de gestão de riscos de uma organização e existe. Metodologia específica para isso, com resultados comprovados.
Os desafios associados a cultura podem estar relacionados à ausência de habito na organização, a falta de exemplos da liderança e a falta de ritos que incluam aspectos de gestão de riscos, entre muitos outros fatores.
Apetite a Risco & Estratégia
56% das empresas encontram-se no nível fraco de maturidade, que demonstra a ausência do tema Gestão de Riscos no planejamento estratégico de negócios. As melhores práticas recomendam a definição do Apetite a Risco, com níveis de tolerância e alçadas da Governança para a tomada de decisão (alinhamento entre estratégia, riscos e apetite a riscos).
Governança de riscos
49% das empresas estão no nível maduro de maturidade em relação à estrutura de Gestão de Riscos como parte da Governança Corporativa. O estabelecimento e supervisão das diretrizes do processo de Gestão de Riscos deve ter o envolvimento dos órgãos de governança, como o Conselho de Administração, dando a devida importância do vínculo do gerenciamento dos riscos com a estratégia da empresa.
Cultura de riscos
No nível de maturidade maduro, a pesquisa apontou 38% das empresas porém, 35% estão classificadas no nível fraco. A cultura de riscos influencia diretamente a forma como as decisões são tomadas nos diferentes níveis da empresa e deveria ser um mecanismo de proteção natural, empregado de forma consciente
Outro destaque neste item é que 65% dos respondentes afirmam que o nível do entendimento do processo de gestão de riscos dos colaboradores é baixo ou inexistente, sendo um agravante para a redução do grau de maturidade deste componente.
Avaliação & mensuração de riscos
O estabelecimento de critérios (quantitativos e qualitativos), processos, ferramentas e sistemas possibilitam que a organização identifique, avalie e qualifique os riscos, tornando o grau de exposição conhecido. Desta forma, são direcionados os esforços necessários, com o objetivo de proteção do negócio e atingimento dos objetivos estratégicos.
44% das empresas encontram-se no nível maduro e 30% no nível integrado, resultados que indicam um avanço na maturidade das organizações neste componente, principalmente na utilização e atualização de suas matrizes de riscos comparando com a primeira versão da pesquisa em 2018.
Gestão & Acompanhamento de riscos
43% dos respondentes indicaram nível fraco de maturidade em relação ao conhecimento dos riscos mapeados, resposta e estratégia a ser seguida. A gestão e o acompanhamento dos riscos contribui para a redução ou o controle no nível de criticidade observado, bem como prevenção contra a sua materialização.
Podemos observar que apesar de muitas organizações possuírem seus riscos mapeados nas matrizes, o monitoramento dos riscos ainda não é efetuado de forma efetiva pela maior parte das empresas.
Dados & Tecnologia
O nível de maturidade fraco conta com 67% dos respondentes da pesquisa, demonstrando que as empresas brasileiras ainda encontram dificuldades no gerenciamento de dados de riscos. Para que este processo seja assertivo, dinâmico, ágil, interativo e com todas as informações em uma base consolidada, as organizações devem investir na utilização de ferramentas de Gestão de Riscos, como softwares, bases de dados e sistemas. Com este resultado, podemos observar que boa parte das empresas ainda utilizam controles manuais para o processo de gestão de riscos.
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Relatórios & análises de risco
51% das empresas estão nos níveis fraco e sustentável de maturidade quanto ao papel importante de prover informações periódicas para as partes interessadas (Executivos e Conselhos) e para tomada de decisão.
Conhecer o nível de maturidade em gestão de riscos é importante para avaliar se as práticas estão alinhadas com a estratégia da empresa. Ajuda a otimizar o uso de recursos humanos e financeiros na medida certa. Fale conosco para fazer um diagnóstico sobre onde estão as práticas da sua empresa e onde você quer chegar!
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Fonte:
- Pesquisa da Maturidade do Processo de Gestão de Riscos no Brasil
https://home.kpmg/br/pt/home/insights/2020/08/pesquisa-maturidade-processo-gestao-riscos-brasil.html
- Pesquisa nacional sobre Impacto da Covid-19 nos negócios
- https://www.marsh.com/br/insights/research/iii-benchmark-de-gestao-de-riscos-da-america-latina.html
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