O que são Megatendências e como impactam seus negócios?

Alguns de vocês já devem ter ouvido falar do conceito de megatendências e por isso estão aqui para entender mais sobre esse assunto. No final desse artigo há algumas referencias para você poder aprofundar ainda mais sobre esse conteúdo.

As megatendências são forças poderosas e transformadoras que podem mudar a trajetória da economia global, mudando as prioridades das sociedades, impulsionando a inovação e redefinindo os modelos de negócios. Podem ter um impacto significativo não apenas em como vivemos e como gastamos dinheiro, mas também em políticas governamentais e estratégias corporativas.

Como líderes, temos a responsabilidade de agir, perenizar os nossos negócios e deixar um futuro melhor para as próximas gerações. Essas mudanças são inevitáveis e trazem uma série de oportunidades e incertezas que precisam ser compreendidas para que os negócios capturem valor das oportunidades e minimizem impacto dos riscos. Adiante verão dados de pesquisa sobre o tema e exemplo de empresas que aproveitaram oportunidades associadas à megatendências.

Entender as megatendências ajudam os profissionais a antecipar possíveis riscos, o desenvolvimento do mercado, adequar o planejamento estratégico e impulsionar mudanças nos setores econômicos.

Estudos e pesquisas de empresas como BlackRock, EY, PwC identificaram algumas delas e há cinco que são exploradas por todos esses estudos:

  1. Mudanças demográficas e social

  2. Deslocamento do poder econômico global

  3. Urbanização acelerada

  4. Mudanças climáticas e escassez de recursos

  5. Avanços tecnológicos

Estamos em um ponto de inflexão. As cinco megatendências estão acelerando hoje e esperamos que serão impulsionadores importantes de ganhos corporativos e retornos de capital.

Um caso ilustrativo pode ser a trajetória de sucesso do McDonald’s em mercados emergentes. O McDonald’s foi uma das primeiras empresas ocidentais a desempenhar um papel ativo nos mercados emergentes do mundo. Abriu uma franquia no Brasil em 1979, seguida pela Rússia e China em 1990 e Índia em 1996. Sabendo como os gostos dos alimentos variam de uma região para outra, a empresa analisou cuidadosamente cada local e adaptou seus menus de acordo. Por exemplo, nos países muçulmanos, suas refeições possuem a certificação halal (permitido pela lei islâmica); na Índia, os Arcos Dourados não servem boi ou porco; e no Brasil, o McDonald’s serve tortas com sabor de banana.

Em 2004, quando muitas empresas ocidentais estavam avaliando sua entrada no mercado chinês, o então diretor de marketing global do McDonald’s, Larry Light, chamou o país de “nossa oportunidade de crescimento número um”. A marca adquiriu tanto prestígio que algumas pessoas realizaram casamentos nos restaurantes. A empresa também lançou festas de aniversário no estilo americano, um movimento inovador em um país onde as comemorações de aniversário não eram comuns. Essa estratégia rendeu dividendos: em 2014, a empresa tinha bem mais de 2.000 restaurantes na China, mais de 10 vezes mais que seu principal rival, o Burger King.

O que fez o McDonald’s perseverar na China e por que sua abordagem de marketing centrada nos EUA teve sucesso? Porque seus líderes reconheceram, cedo, uma oportunidade na interação entre duas megatendências globais. A primeira foi a mudança do poder econômico para a Ásia. Em 2000, menos de 2% do consumo global da classe média ocorria na China e na Índia. Em 2013, essa proporção atingiu quase 10% e prevê-se que se multiplique várias vezes até meados deste século.

A segunda megatendência envolveu a transformação cultural decorrente da mudança demográfica. A prevalência de famílias menores sob a política chinesa de filho único para família, que está em vigor desde 1979, levou a uma maior ênfase no bem-estar das crianças.

Juntas, essas duas tendências sugeriam que um grande número de cidadãos chineses ganharia um aumento notável (embora pequeno para os padrões ocidentais) em sua renda discricionária. Com relativamente poucos filhos para gastar e mais oportunidades de aprender sobre culturas fora da China, eles aspirariam ao estilo de vida de suas contrapartes ocidentais tradicionalmente mais ricas. Marcas ocidentais conhecidas de repente se tornaram um símbolo de status atingível.

Em 2004, muitas marcas de fast-food ocidentais estavam lutando em seus países de origem, onde enfrentaram mercados altamente competitivos e mudanças nas preferências alimentares do público. Então, o McDonald’s conquistou o mercado chinês. A rede criou variações sutis em seu cardápio básico, como molhos populares localmente, e adotou algumas inovações personalizadas, como guichês para levar bebidas e, é claro, os McWeddings. A rede também continuou ajustando suas ofertas para refletir as respostas que observava de seus clientes. Dessa forma, a empresa ganhou uma posição significativa no mercado vital da China.

Com uma ideia clara das interações entre as tendências em grande escala e como elas se desenvolverão nos próximos anos, sua empresa pode ganhar uma vantagem igualmente forte.

Em 2015 a 17ª pesquisa com CEO da PwC perguntou quais dessas tendências teria um maior impacto nos negócios. Veja as 5 megatendências de maior impacto escolhidas pelos CEO’s:

 

  1. Avanço tecnológicos – 81%

  2. Mudanças demográficas – 60%

  3. Deslocamento do poder econômico global – 59%

  4. Mudanças climáticas e escassez de recursos – 46%

  5. Urbanização acelerada – 40%

 

Se você fosse questionado agora em 2020, quais dessas teriam maior impacto no seu negócio? Deixe seus comentários aqui no blog.

Descrevemos abaixo, resumidamente, os impactos que entendemos ser os mais importantes destas tendências para o mundo dos negócios, de forma que você possa integrá-los ao planejamento estratégico e de gestão de riscos na sua organização.

Mudanças demográficas e mudança sociais

Deslocamento do poder econômico globalDeslocamento do poder econômico global

Urbanização acelerada

Mudanças climáticas e escassez de recursos

Avanços tecnológicos

 

De acordo com o estudo da FIESP, observa-se que os investimentos em tecnologia e inovação não são prioridades para as empresas brasileiras no curto prazo. Porém, o Brasil precisa acompanhar as transformações para atrair investimentos, vencer o aumento da concorrência internacional, conhecer quais tecnologias estão à frente destes processos de transformação e como as empresas podem incorporar esses novos elementos para buscar responder a esse novo mundo digital.

Relatório da ONU publicado em setembro de 2020 à luz da comemoração dos 75 anos da entidade, traz uma análise sobre a perspectiva para 2030 com os 17objetivos para o desenvolvimento sustentável para 2030 e os impactos sofridos devido à pandemia do novo-corona vírus.

A crise COVID-19 não apenas diminuiu perspectivas de cumprir a Agenda 2030, mas também afeta cada uma das megatendências. Em ao mesmo tempo, a crise oferece uma poderosa oportunidade de se recuperar melhor e enfrentar questões que serão fundamentais para colocar as megatendências em um curso positivo para o futuro.

Um dos pontos relevados na análise da ONU é de que apenas uma ação coordenada de todos os países pode influenciar a questão das mudanças climáticas; mas que as demais tendências podem ser influenciadas por políticas e ações locais, contudo seus efeitos negativos têm evoluído por falta ou inconsistência das ações dos vários países.

O relatório da ONU foca na relação das megatendências com as políticas publicas e os impactos para a sociedade, trazendo especial relevância para a relação entre as tendências e chamando atenção para a influência de uma megatendência na outra e que não se pode ignorar esse inter-relacionamento.

Os demais estudos, da PwC, EY, Blackrock e FIESP possuem um olhar mais voltado para oportunidades e impactos empresariais.

Aproveite para aprofundar seus conhecimentos consultando as fontes referenciadas aqui.

 

Agora queremos saber:

Sua empresa analisa formalmente as megatendências e os impactos com o planejamento estratégico de longo prazo?

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Fonte:

 

 

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