COSO 2013 controles internos em cinco minutos

COSO 2013 controles internos em cinco minutos

O primeiro objeto de estudo do COSO[i] foram os controles internos, a obra Controle Interno – Estrutura Integrada publicada em 1992 em sua primeira versão, obteve grande aceitação e tem sido amplamente aplicada em todo o mundo como um modelo para desenvolvimento, implementação e condução do controle interno, bem como para a avaliação de sua eficácia.

Já falamos aqui no nosso blog sobre o COSO ERM – Gerenciamento de Riscos Corporativos – Estrutura Integrada (ERM – Enterprise Risk Management – Integrated Framework). O COSO ERM e o COSO ICIF pretendem ser complementares, sendo que uma estrutura não substitui a outra.

“Controle interno é um processo conduzido pela estrutura de governança, administração e outros profissionais da entidade, e desenvolvido para proporcionar segurança razoável com respeito à realização dos objetivos relacionados a operações, divulgação e conformidade.”

 

 

A estrutura definida pelo COSO é representada pelo cubo abaixo, que é composto por:

OBJETIVOS

O modelo apresenta três categorias de objetivos dos controles internos:

  • Operacional – relacionados à eficácia e à eficiência das operações da entidade.
  • Divulgação – englobam as divulgações financeiras e não financeiras, internas e externas.
  • Conformidade – cumprimento de leis e regulamentações às quais a entidade está sujeita.

COMPONENTES & PRINCÍPIOS

A estrutura apresenta dezessete princípios, distribuídos em cinco componentes integrados:

  • Ambiente de controle
  • Avaliação de riscos
  • Atividades de controle
  • Informação e comunicação
  • Atividades de monitoramento

ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

São os níveis organizacionais da empresa:

  • Nível da entidade
  • Divisão
  • Unidade Operacional
  • Função.

O COSO ICIF tem sido amplamente adotado desde 1992 para atender a exigências de divulgações externas. Depois de 20 anos, o comitê decidiu que era hora de uma modernização para atender as necessidades do ambiente empresarial globalizado e cada vez mais complexo. Algumas atualizações importantes neste último modelo:

  • Considera um número crescente de regulamentações locais e globais, como exigências para divulgações financeiras e normas ambientais.
  • Contém um princípio voltado para controles sobre a tecnologia/infraestrutura, desenvolvimento e uso.
  • Passa a cobrir objetivos de divulgações não financeiras, como os de sustentabilidade e métricas de satisfação dos clientes.
  • Ajuda a customizar os controles e a verificar se eles apoiam objetivos e princípios variados. Essas atualizações permitem saber o que está coberto e o que está ausente no negócio – inclusive operações dispersas e terceirizadas.
  • Fornece princípios que ajudam a adaptar controles para mudanças planejadas e circunstâncias imprevistas – e a mantê-los em sincronia com o negócio.
  • Considera modelos de negócio de modo explícito e ajuda a aplicar controles em modelos operacionais de gestão e estruturas corporativas.

 

Gestão de riscos_vicenzi santiago

 

O seu sistema de controle interno deve ser atualizado e considerar as mudanças no mundo dos negócios como um todo e, principalmente, na área de atuação da organização.

Com foco em áreas de risco que excedem os níveis de aceitação ou precisam ser gerenciados em nível de entidade, contribui para redução dos esforços gastos na mitigação de riscos em áreas de menor importância.

Coordenar os esforços para identificar e avaliar os riscos em vários objetivos, poderá reduzir o número de riscos avaliados e mitigados. A aplicação da abordagem integrada do controle interno – operacional, divulgação e conformidade – poderá diminuir a complexidade de aplicação deste modelo.

A atualização ajuda a identificar e, potencialmente, evitar que pessoas, tecnologias e processos causem falhas de controles.

 

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Referências:

2013 Internal Control – Integrated Framework – Executive Summary

https://www.coso.org/Documents/990025P-Executive-Summary-final-may20.pdf

10 Minutos sobre por que a atualização do COSO merece a sua atenção

https://www.pwc.com.br/pt/estudos/preocupacoes-ceos/10minutos/2017/pwc-10-minutos-coso-17.html

 

________________

[1] COSO (Committee of Sponsoring Organizations of the Treadway Commission), entidade sem fins lucrativos que foi criada nos Estados Unidos para estudar as causas da ocorrência de fraudes em relatórios financeiros e contábeis. É um órgão patrocinado pelas cinco principais associações de classe de profissionais ligados à área financeira nos Estados Unidos.

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